Este blog tem por objetivo compartilhar idéias e experiências nas lides benditas da Evangelização, amor de nossa atual encarnação.
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terça-feira, 6 de abril de 2010

HISTÓRIA: PÁGINA DE ANÁLIA - LIVRO: A VIDA ESCREVE

DESENHO Nº 01:


À doente que se queixava em desespero, perguntou a senhora que lhe velava o leito:

— Permita que eu leia para seu conforto algum trecho de Allan Kardec?

— Deus me livre! – gritou a enferma, cuspindo-lhe aos pés.

Ainda assim, as mãos abnegadas da companheira continuaram ajeitando-lhe os lençóis…

— Quero água! – exigiu a doente.

DESENHO Nº 02

A amiga trouxe-lhe água pura e fresca.
De copo às mãos, a enferma, num ímpeto, aturou-lhe todo o líquido à face, vociferando:

— Água imunda!… como se atreve a tanto? Quero outra!

Paciente e humilde, a senhora enxugou o rosto e, em seguida, trouxe mais água.

DESENHO Nº 03:

— Quero Chá.

E o chá surgiu logo.

— Chá mal feito! Chá frio!

O conteúdo da taça projetado ao peito da enfermeira, ensopando-lhe a blusa.

— Traga chá quente!

Foi a ordem obedecida.

— Você aceita agora o remédio? — indagou a assistente.

— Que venha depressa.

DESENHO Nº 04:

Ao tomar, contudo, a poção, a dama inconformada agarra a colher e vibra um golpe no braço da amiga. Surge pequeno ferimento, mostrando sangue.
E a enferma cai em crise de lágrimas. Chora, chora e depois diz:

— Anália, se a religião espírita que você abraçou é a que lhe ensina a me suportar com tanta calma e paciência, leia o que quiser.
A interpelada sentou-se, tomou “O Evangelho segundo o Espiritismo” e leu a formosa página intitulada “A Paciência”, no capítulo IX, que começa afirmando: “A dor é uma bênção que Deus envia aos seus eleitos…”

DESENHO Nº 05:

Acalmou-se a doente, que acabou aceitando o socorro do Passe e o benefício da água fluida.
Conversaram ambas. A enferma, asserenada, ouviu da companheira os planos que arquitetava para o futuro, em benefício dos meninos abandonados à rua.
No dia seguinte, ao despedir-se, a obsidiada em reequilíbrio beijava-lhe as mãos e vada-lhe os primeiros dois contos de reis para começar a grande obra.
Essa enfermeira admirável de carinho e devotamento era Anália Franco, a heroína espírita paulista, que se fez sublime benfeitora das criancinhas desamparadas.

Hilário Silva (Espírito)
Chico Xavier (Médium)

Observação: Clique na imagem que ela aparece maior. Ou deixe um comentário com email, que envio as imagens!

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