Este domingo, no abrigo em que evangelizamos 1 vez por mês, em São José de Almeida, o tema foi este.
Minha turma é de crianças de 7 a 9 anos. São crianças muitíssimo carentes. Nosso objetivo é o consolo, aproximar a criança (às vezes até apresentar, porque algumas mal o conhecem) de Jesus, o Consolador de nossos corações. Todas as crianças tem uma certa dificuldade de entender que Jesus e Deus são dois conceitos diferentes, e normalmente trabalhamos esta questão na evangelização.
Para iniciar nossos trabalhos, primeiro, por causa da necessidade de nossas crianças, antes do horário da evangelização e aproveitando que todos os pais chegam mais cedo, passamos um filminho muito legal sobre cuidado dos dentes.

Fomos para as salas e fizemos a escovação com as crianças, ainda antes do horário da evangelização. Todas ganharam pasta de dente e escova.
Ao iniciar a evangelização, trabalhamos da seguinte maneira: Inicialmente, contamos a parábola do Festim das Bodas.

Mt 22.1 Então Jesus tornou a falar-lhes por parábolas, dizendo:
Mt 22.2 O reino dos céus é semelhante a um rei que celebrou as bodas de seu filho.
Mt 22.3 Enviou os seus servos a chamar os convidados para as bodas, e estes não quiseram vir.
Mt 22.4 Depois enviou outros servos, ordenando: Dizei aos convidados: Eis que tenho o meu jantar preparado; os meus bois e cevados já estão mortos, e tudo está pronto; vinde às bodas.
Mt 22.5 Eles, porém, não fazendo caso, foram, um para o seu campo, outro para o seu negócio;
Mt 22.6 e os outros, apoderando-se dos servos, os ultrajaram e mataram.
Mt 22.7 Mas o rei encolerizou-se; e enviando os seus exércitos, destruiu aqueles homicidas, e incendiou a sua cidade.
Mt 22.8 Então disse aos seus servos: As bodas, na verdade, estão preparadas, mas os convidados não eram dignos.
Mt 22.9 Ide, pois, pelas encruzilhadas dos caminhos, e a quantos encontrardes, convidai-os para as bodas.
Mt 22.10 E saíram aqueles servos pelos caminhos, e ajuntaram todos quantos encontraram, tanto maus como bons; e encheu-se de convivas a sala nupcial.
Mt 22.11 Mas, quando o rei entrou para ver os convivas, viu ali um homem que não trajava veste nupcial;
Mt 22.12 e perguntou-lhe: Amigo, como entraste aqui, sem teres veste nupcial? Ele, porém, emudeceu.
Mt 22.13 Ordenou então o rei aos servos: Amarrai-o de pés e mãos, e lançai-o nas trevas exteriores; ali haverá choro e ranger de dentes.
Mt 22.14 Porque muitos são chamados, mas poucos escolhidos.

Então, refletindo na questão das vestes nupciais, falamos do corpo, que é nossa veste no mundo e do perispírito, que é a veste espiritual, destacando a importância das boas obras e dos bons pensamentos para se ter uma "veste resplandescente".
Falamos que maus sentimentos acabam "marcando" o perispírito, e que boas obras o sutilizam (usando a linguagem que as crianças entendem, claro). Falamos do momento do sono, em que o corpo descansa e o espírito (revestido pelo perispírito) está mais livre. Falamos do cordão fluídico, cujo rompimento significa a morte orgânica. Falamos sobre aqueles que desencarnam, nossos sonhos com eles, suas visitas...
Durante a exposição, usamos o seguinte recurso, para ilustrar as idéias:
 
Fizemos dois bonecos, aumentados para ocuparem 3 folhas A4:

Tá vendo que a menina tá com raiva e o menino tá triste? Pois é. No corpinho deles estava escrito algumas dificuldades (não muitas, claro) como tristeza, desânimo, desobediência, etc. Nada muito chocante e nem em letras muito grandes, claro. Então, levamos em papel adesivo as roupinhas para que as crianças os vestissem. Também parte do rostinho, como os olhos e um sorriso, para retirar deles a expressão ruim.
Também levamos algumas palavras, como disciplina, bondade, alegria, para que colocassem nos bonecos. Ficou assim:
As crianças gostaram muito. Enquanto iam colando as vestes, iam fazendo analogia com boas obras, boas atitudes e bons pensamentos.
Então, vimos que os bonecos ficaram "arrumadinhos", com vestes para as núpcias, por assim dizer. Uma das crianças colocou a palavra alegria na boca do boneco, estão vendo? Ela me disse: tem que mostrar alegria na boca, sorrindo, né tia? Eu amei o conceito.
Então, fizemos a última atividade: levei lã amarradinha, o novelo azul clarinho, copinhos, rostinhos para eles colorirem, durex e cola, para que cada um fizesse seu corpinho e perispírito. As crianças amaram e fizeram histórias, e colocaram nome no boneco, fizeram viagens ao mundo espiritual, etc.
Este domingo também colocamos o painel dos peixinhos, lembra?
Depois eu mostro.
Também tô devendo as fotos do Meimei, do encontro de diretrizes, certo? Vou postar, preocupa não. Mas adianto que o teatro foi uma choradeira só. Muito bonito!
Boa evangelização a todos!