Este blog tem por objetivo compartilhar idéias e experiências nas lides benditas da Evangelização, amor de nossa atual encarnação.
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quarta-feira, 17 de março de 2010

Desenhos usados nas atividades ou sala de evangelização



É muito bom que conversemos muito sobre esse assunto, nós evangelizadores.
Com o intuito de reter a atenção de nossas crianças e de fazer com que gostem da evangelização, se não ficarmos vigilantes, podemos acabar metendo os pés pelas mãos e passar a mensagem contrária ao que propomos, isso tudo cheios de boa intenção.
Quantas vezes já fomos em salas de evangelização decoradas com desenhos animados, como o Pooh, o Garfield, a Mônica, etc... Já vimos muito também, atividades ilustradas com essas personagens tão queridas pelas crianças.
E por que não usá-las então, Janaina? - espero que estejam me perguntando.
Primeiro eu quero deixar claro que gosto muito de desenhos animados, principalmente aqueles "moderninhos" de minha época. E meus filhos assistem sim. E muito. Pica pau, Pooh, Cocoricó... Isso tudo eles gostam.
E então, Janaina? - espero que ainda estejam perguntando.
É muito simples:
Eu amo a Turma da Mônica, do Maurício. Gosto de ler as revistinhas, meus filhos gostam...
Mas não tem nada a ver com evangelização. Quer ver: a Mônica é ótima, mas quando pensamos nela, já vem na cabeça a imagem dela correndo atrás do Cebolinha, rodando o Sansão. E ela bate nele. A Magali é gulosa, o Cascão não gosta de banhos... Tudo muito engraçado, divertido e até didático. Mas nada a ver com evangelização.
Eu acho muito engraçado o Garfield. Adoro. Mas não tem nada a ver com evangelização, pois sua imagem está vinculada ao "Odeio Segundas Feiras", à gulodice e às peripécias com o pobre Ode.
O Pica-pau é Ótimo. Mas suas atitudes, apesar de muito engraçadas, não são exatamente um exemplo... Então, não tem nada a ver com evangelização.
E se a evangelização se propoe a ensinar Evangelho de Jesus, acredito que temos muito bons exemplos de conduta para levar para as crianças.
Porque não decorar a sala com desenhos de Jesus, ou das parábolas, ou de Kardec, Dr. Bezerra, Chico...?

 
Enfim, cabe-nos vigilância e discernimento na hora de construir o "Ambiente Evangelizador", já que a sala é mais um recurso que podemos ter a nosso favor.
E isso tudo com equilíbrio, porque uma sala muito decorada pode acabar criando uma certa poluição visual, que atrapalha ao invés de ajudar, porque distrai a criança.
 Cabe-nos coerência espírita e discernimento, boa vontade e disciplina, vigilância e carinho na seleção do que levamos, principalmente se foram figuras buscadas na internete, ou tiradas de obras não espíritas, etc.
As vezes aquele livro tem um anjo lindo que dá em uma aula sobre mentor espiritual, mas ele tem Asas... Naquele outro tem um Jesus maravilhoso, mas tá com auréola. E o melhor: vou falar sobre Deus e levo a imagem de um homem idoso, lindo, de barbas...
No que foi dito acima, para nossa edificação, vamos a Kardec:
"Como precisa de figuras e imagens que lhe impressionem a imaginação, o homem pintou os seres incorpóreos sob uma forma material, com atributos que lembram as qualidades ou os defeitos humanos. É assim que os antigos, querendo personificar o Tempo, o pintaram com a figura de um velho munido de uma foice e uma ampulheta. Representá-lo pela figura de um mancebo fora contra-senso. O mesmo se verifica com as alegorias da fortuna, da verdade, etc. Os modernos representaram os anjos, os puros Espíritos, por uma figura radiosa, de asas brancas, emblema da pureza; e Satanás com chifres, garras e os atributos da animalidade, emblema das paixões vis." - O Livro dos Espíritos, questão 131.
Só pra concluir, para que não fiquemos apenas no aspecto físico, uma mensagem de Emmanuel, que nos ajudará a refletir sobre o ambiente que desejamos criar e nossas atitudes diárias, pois de nada vai adiantar termos a sala mais linda do centro, muito bem decorada e coerente com a Doutrina, se nossas atitudes criam uma vibração contrária ao nosso redor.

AMBIENTES
Emmanuel


Importante pensar que não apenas termos o que damos, mas igualmente viveremos naquilo que proporcionamos aos outros.
Daí o impositivo de doarmos tão somente o bem, integralmente o bem.
Se em determinada faixa de tempo criamos a alegria para os nossos semelhantes e criamos para eles o sofrimento em outra faixa, nossa existência estará dividida entre felicidade e desventura, porque teremos trazido uma e outra ao nosso convívio, arruinando valiosas oportunidades de serviço e elevação.
Se oferecemos azedume, é óbvio que avinagraremos o sentimento de quem nos acolhe, reavendo, em câmbio inevitável, o mesmo clima vibratório, como quem recolhe água inconveniente para a própria sede, após agitar o fundo do poço, de cuja colaboração necessite.
Se atiramos crítica e ironia à face do próximo, de outro ambiente não disporemos para viver senão aquele que se desmanda em sarcasmo e censura.
Certifiquemo-nos de que não somente as pessoas, mas os ambientes também respondem. Queiramos ou não, somos constrangidos a viver no clima espiritual que nós mesmos formamos.
Pacifiquemos e seremos pacificados.
Auxilia e colherás auxílio.
Tudo que espiritualmente verte de nós, regressa a nós, “Dá e dar-se-te-á”, ― asseverou Jesus. O ensinamento não prevalece tão só nos domínios da dádiva material propriamente considerada. Do que dermos aos outros, a vida fatalmente nos dá.
Livro: Alma e Coração, psicografia de Chico Xavier.

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